quarta-feira, agosto 21

Amor aos Pedaços

Amor é bom de qualquer maneira, inclusive aos pedaços, por isso vamos começar com uma receita vinda lá do outro lado do Atlântico, do país do samba e da bossa-nova, mais concretamente do Estado de Minas Gerais.
Há anos (mesmo anos) que andava para experimentar fazer este bolo. Pesquisei e pesquisei e percebi que, como acontece tantas vezes, o original da receita ter-se-á perdido nos tempos. As versões são muitas e muitas são as que se apresentam como a melhor de sempre. A que vos deixo não sei se será a melhor - por falta de termo de comparação -, mas é bastante saborosa. Claro que é preciso gostar de coco e abacaxi, que são os ingredientes principais desta receita. Quando provei, lembrei-me de quando ía lanchar à tarde com a minha mãe a uma pastelaria próxima de nossa casa. Comíamos sempre um bolo chamado “Xepa”, que tinha uma consistência e um sabor muito idêntico a este que vos apresento. Só por me trazer essa imagem à memória, já valeu a pena a espera.
“Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho”, já dizia o grande Tom Jobim. Então, porque não fazer-nos acompanhar quanto mais não seja de uma fatia de bolo? Ora experimentem….

Amor aos pedaços:
Bater em conjunto, 2 ovos com 250g de açúcar, 50g de margarina, 1 pitada de sal,  ½ chávena de leite e ½ chávena de calda de abacaxi (enlatado). Acrescentar 200g de farinha, 100g de Maizena e 1 colher de chá de fermento.
Levar entretanto uma panela ao lume com o conteúdo de uma lata grande de abacaxi escorrido e picado, 200g de coco ralado, 3 ovos, 1 colher de sopa de manteiga sem sal e 50g de açúcar. Mexer até envolver bem e despegar do fundo da panela.
Untar e forrar uma forma quadrada com papel vegetal e deitar metade da primeira massa no fundo. Por cima, espalhar o creme que foi ao lume e cobrir com a outra metade da massa.
Levar ao forno a 180º até estar cozido. Desenformar, pincelar com um pouco de calda de abacaxi, cortar em quadrados e passá- -los por açúcar.

Depois é fechar os olhos, por uma musiquinha p'ra tocar e... saborear. "Wave", António Carlos Jobim, é o que vos sugiro.

3 comentários:

  1. vamos tirar o abacaxi e subsitiuir por limão? por exemplo?
    isso e fruta em doces não está com nada :P
    vá lá o coco ainda se aceita

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  2. Fá, experimenta :-)
    Dina, o limão não deixa de ser uma fruta, 'tá?
    Mas concordo, experimenta lá com o limão e depois vem contar como foi :-)

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